Grupos organizados de lésbicas e lésbicas no Brasil continuam manifestando, publicamente, sua indignação em relação ao assassinato brutal de Ana Caroline Sousa Campelo (conhecida como Carol Campelo), de 21 anos, ocorrido no dia 10 de dezembro de 2023.
Ana Caroline teve a pele do rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas retirados, indícios de tortura antes de morrer. De acordo com a Polícia Militar, Carol já foi encontrada morta no Bairro Novo, em Maranhãozinho, cidade a 232 km de São Luís, no Maranhão.Pessoas próximas à Carol afirmam que ela era lésbica, assumida desde 2019, e tinha se mudado há pouco tempo para o Município, para morar com a namorada.
Dados os fatos, é importante destacar que o assassinato de Carol Campelo é visivelmente um caso de lesbofobia – quando a morte é causada por ódio contra lésbicas, dada a brutalidade do ocorrido. Seu assassinato é o resultado da violência de gênero e sexual sofrida por lésbicas no Brasil, invisibilizada pelos discursos políticos, midiáticos e legais.
No dia 26 de agosto, ativistas da All Out, da Coletiva LesboAmazônidas (@coletivalesboamazonidas), do Movimento de Mulheres Olga Benário (@movimentoolga.ma) e do Levante Nacional Contra o Lesbocídio (@contraolesbocidio) se uniram aos familiares e amigos de Carol, São Luís, para um ato público, com 20 mil pétalas de rosas vermelhas (flores preferidas de Carol) em frente à Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA). O caso também foi tema de debate do Seminário LGBTQIA+ de São Luís, na semana passada, exigindo respostas, ação e proteção para mulheres lésbicas.
A pressão coletiva surtiu efeito. Depois de quase dois anos, o julgamento do caso finalmente foi marcado para 05 de novembro.
Cerca de 120 mil pessoas já assinaram o abaixo-assinado “Justiça por Carol“: