MARANHÃO FOI ESTADO COM MAIOR CRESCIMENTO PERCENTUAL DE MORTES VIOLENTAS NO BRASIL

Um dos crimes mais bárbaros dos últimos tempos, no Maranhão, revela uma grave estatística registrada pelo Anuário Brasileiro da Segurança Pública 2025. De acordo com o Anuário, apenas quatro estados registraram aumento na taxa de mortalidade por Mortes Violentas Intencionais, em 2024: Maranhão (+12,1%), Ceará (+10,9%), São Paulo (+7,5%) e Minas Gerais (+5%). O número de mortes violentas caiu no Brasil, mas aumentou no estado.

Na última sexta-feira (18), em Açailândia, Suely Maria, mãe de três filhos, foi decapitada por um homem identificado como Zulu. O assassinato, que chocou a cidade, não foi exatamente um feminicídio, mas está diretamente ligado aos casos que já chegam a 30, somente este ano, no estado. Suely foi morta brutalmente por dar abrigo à companheira do assassino, ameaçada de morte diversas vezes, tentando escapar de um relacionamento abusivo. Após invadir a residência da vítima e não encontrar a mulher, Zulu a decapitou, sendo morto depois pela polícia ao reagir à prisão.

Ana Caroline, lésbica, 21 anos: morta com a pele do rosto, olhos, orelhas e couro cabeludo arrancados

Em 2023, no município de Maranhãozinho, a 232 km de São Luís, uma jovem lésbica foi encontrada morta no Bairro Novo, com a pele do rosto, olhos, orelhas e parte do couro cabeludo arrancados. De acordo com o Ministério Público, Elizeu Carvalho de Castro, conhecido como “Bahia” ou “Baiano”, de 32 anos, matou Ana Caroline, de 21 anos, por “razões ligadas à condição de sexo feminino da vítima”. Com violência extrema e alto grau de crueldade, não é difícil associar o parecer do MP de “condição do sexo feminino da vítima” à orientação sexual que deflagrou um crime homofóbico.

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública registra: “o Maranhão foi o estado com o maior crescimento percentual em Mortes Violentas Intencionais, impulsionado por aumentos nos homicídios dolosos, latrocínios e nas mortes decorrentes de intervenção policial”. Em 2024, ficou em 100. lugar entre as 27 unidades da Federação em número de homicídios femininos.

Mortes violentas são crimes que pedem mais do que intervenções policiais e a aplicação da justiça criminal, mas sobretudo, investimentos em programas e campanhas contra a cultura do ódio tão alastrada nas últimas décadas no país.

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