FILHO DE CACIQUE É VÍTIMA DE VIOLÊNCIA CAUSADA POR CONFLITO COM MADEIREIROS EM AMARANTE

Uma péssima notícia no Dia Internacional dos Povos Indígenas, 9 de agosto, no Maranhão. O advogado Luís Antônio Pedrosa, vice-presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, denunciou em seu perfil, em uma rede social, que madeireiros ameaçam invadir a aldeia Governador, do povo Gavião (etnia Gavião Pykopjê), na terra indígena do mesmo nome, em Amarante (MA), localizado a cerca de 620 km de São Luís.

De acordo com Pedrosa, que também é membro da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, o clima de tensão começou desde 16 de julho, durante um confronto entre indígenas e madeireiros, ocasião que culminou com a morte de uma pessoa identificada como não indígena.

Filho do cacique da aldeia Governador teve o corpo queimado com água fervente

“Em retaliação, Amazonas, filho do cacique Ambrósio, foi atacado no centro da cidade Amarante, enquanto dormia, no dia 5 de agosto. Ele foi vítima de chutes e socos e ainda teve seu corpo queimando com água fervente”, descreve o advogado.

As fotos postadas por Luís Pedrosa mostram a barbaridade cometida contra o filho do cacique da aldeia, agora está sendo rondada por um grupo de homens que ameaçam invadir a área, localizada a 10 km da sede do município.

Os Gavião Pykopjê são indígenas do grupo Timbira, localizado no sudoeste do Maranhão, Brasil, especificamente na região de Imperatriz. São conhecidos também como Gavião do Oeste ou Pukobiê. Alem da Terra Indígena Governador,  possuem três aldeias: Governador, Rubiácea e Riachinho.

 A Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (SEDIHPOP) já solicitou a intervenção da polícia local e a Comissão Estadual de Direitos Humanos (CEDDH) também acompanha o caso.

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