SEMINÁRIO DISCUTE EDUCAÇÃO QUILOMBOLA NO MARANHÃO

Educação e Identidade Quilombola serão temas de um debate fundamental ao Maranhão. O assunto será discutido nesta terça-feira (18), a partir das 9h, no Auditório do Centro de Ensino à Pessoa com Surdez Professora Maria da Glória Costa Arcangeli, Alemanha, São Luís, durante o seminário “Educação e Terra: Juventude Quilombola e Educação Escolar”.

O evento tem como objetivo fomentar o debate sobre a educação quilombola no Maranhão, reunindo jovens estudantes, educadoras (es), pesquisadoras (es) e ativistas para discutir as especificidades e desafios da educação voltada para a juventude quilombola.  

O seminário, promovido pela ong Ação Educativa, em parceria com a Secretaria Estadual de Educação (por meio da Supervisão de Modalidades e Diversidades Educacionais-SUPMODE), marca o lançamento do material intitulado “Indicadores da Qualidade na Educação: Relações Raciais na Escola – Juventude e Educação Escolar Quilombola”, que busca fortalecer a educação quilombola através da construção de indicadores específicos.

A iniciativa surge em resposta à necessidade de um sistema educacional mais equitativo e sensível às especificidades culturais das comunidades quilombolas. E é realizada por meio dos projetos Território de Saberes Aliança inovadora e SETA , composto por sete organizações da sociedade civil nacional e internacional: ActionAid, Ação Educativa, Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), Geledés – Instituto da Mulher Negra, Makira-E’ta e a Uneafro Brasil. O Seta é um dos finalistas da ação global da Fundação Kellogg para promoção da equidade racial (Racial Equity 2030).

Durante o evento, serão discutidas questões como a implementação da Lei 10.639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas, e as diretrizes curriculares para a educação quilombola. A programação inclui mesas de debate, apresentação de pesquisas, discussões abertas e manifestações culturais protagonizadas pela juventude quilombola. 

Para Ednéia Gonçalves, coordenadora executiva da Ação Educativa, a construção de uma experiência escolar positiva exige que a escola articule de forma intencional os conhecimentos sistematizados pela ciência em suas diferentes áreas de conhecimento a outros saberes presentes nas culturas que historicamente resistem nos territórios. “No Maranhão, a articulação entre ‘educação e terra’ é incontornável pois indica a possibilidade da escola participar da luta coletiva pela valorização dos saberes ancestrais que sustentam o pertencimento e a resistência das comunidades em que se insere”, explica.

O seminário contará com a presença de representantes da Secretaria de Educação do Maranhão, da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular, do movimento quilombola e de diversas instituições de educação e pesquisa. Além disso, jovens quilombolas terão um espaço de protagonismo, trazendo suas experiências e reivindicações.

Foto: Fernando Martinho/Repórter Brasil

________________________

AGENDA

Data: 18 de Março de 2025 (terça-feira)
Horário: 09h00 às 17h00
Local: Auditório do Centro de Ensino à Pessoa com Surdez Professora Maria da Glória Costa Arcangeli – CAS, R. Carlos Macieira, 393 – Alemanha, São Luís (MA)

Formulário de inscrição: https://aeduc.typeform.com/educacaoeterra

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *