Dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública, divulgados na quinta-feira (23), pelo jornal Folha de São Paulo, revelam que o Maranhão está entre os estados brasileiros com registro de crescimento no número de feminicídios, em 2024. O estado teve 38% de aumentos no número de assassinatos de mulheres motivados por aversão ao gênero. Em 2023, o estado foi o quarto do Nordeste com maior número de estupros de mulheres, com 1.676 casos, atrás apenas do Ceará (1.855), de Pernambuco (2.265) e da Bahia (4.173).
O caso ocorrido no último sábado (18), na avenida Copacabana, que dá acesso à avenida Litorânea, em São Luís, trouxe à tona a situação que frequentemente ocupa as estatísticas maranhenses negativas. Ao caminhar sozinha em uma rua que de acesso à avenida, uma mulher foi abordada, ameaçada, arrastada para um matagal próximo e estuprada. A denúncia viralizou nas redes sociais e obteve número grande de compartilhamentos impulsionado pelos grupos de mulheres que fazem atividades físicas no local. Com a repercussão, até mesmo o governador Carlos Brandão se pronunciou comunicando as providências tomadas pelas forças de segurança do Estado.

A indignação cresceu e, neste sábado (25), às 7h, na Praça do Pescador da Avenida Litorânea, o movimento “Chega de Violência contra a Mulher” será organizado contra o feminicídio e todo o tipo de violência contra as mulheres. “Seguiremos armadas com flores para que todas as mulheres, crianças e idosas, tenham uma vida livre de violências”, dizem as organizadoras do ato.
AGENDA
O quê? Ato “Chega de Violência contra a Mulher”
Quando? 25 de janeiro de 2025.
Horário: 7h
Concentração: Praça do Pescador
Chega de violência