Após estrear sua primeira itinerância nacional em Manaus, o Museu Itinerante da Amazônia (MIA) chega a São Luís do Maranhão, cidade reconhecida como Patrimônio Mundial pela UNESCO e conhecida por sua diversidade cultural, musical e arquitetônica. A exposição “MIA – Passado, Presente e Futuros” será inaugurada no próximo dia 4 de junho (quarta-feira), às 19h, no Museu de Artes Visuais (MAV), localizado na histórica Rua Portugal, 273 – Praia Grande. A entrada é gratuita. A mostra ficará em cartaz durante um mês, até o dia 3 de julho.
A edição em São Luís marca a chegada do MIA ao Nordeste brasileiro e convida a população a refletir sobre os impactos da crise climática nas cidades amazônicas e sobre como os saberes ancestrais podem inspirar modos de vida mais sustentáveis e respeitosos com o território.
Com experiências imersivas que articulam arte, ciência, tradição e arquitetura, a exposição propõe um olhar decolonial sobre os espaços urbanos da Amazônia e do Brasil. Em um contexto de intensificação dos eventos climáticos extremos, o MIA promove a escuta das vozes indígenas, quilombolas, ribeirinhas e periféricas como caminhos para imaginar futuros possíveis.
“O MIA busca usar a arte como ferramenta de diálogo para repensarmos nossas cidades, especialmente a partir de técnicas construtivas e modos de vida adaptados às especificidades dos nossos biomas. E ninguém melhor do que os povos originários para nos ensinar. Poder realizar essa exposição em mais uma cidade amazônica como segunda parada é ampliar as possibilidades de construção de cidades mais justas e resilientes”, afirma Jade Jares, coordenadora e curadora do projeto.
Realizado pelo Laboratório da Cidade, organização com sede em Belém do Pará, o MIA integra o Circuito Funarte de Artes Visuais Marcantônio Vilaça 2023. Ao longo do ano, a exposição seguirá para Brasília e Rio de Janeiro, fortalecendo o papel da cultura na construção de soluções urbanas diante das mudanças climáticas.
Em cada cidade por onde passa, o MIA adquire uma obra de artista local para compor seu acervo, priorizando produções que dialogam com o contexto da exposição e com a decolonização dos imaginários urbanos. A coleção começou com a fotografia “Guerreiros Vermelhos”, de Nay Jinknss (Belém-PA), e seguiu com “Ipiramama”, de Wira Tini (Manaus-AM).

Em São Luís, a nova obra integrada ao acervo será “Para estratégias de sobrevivência, as maiores tecnologias são as nossas”, da artista maranhense Gê Viana, parte da série Atualizações traumáticas de Debret (2020).
Evento de abertura – Com grande expectativa, a abertura oficial da exposição acontece no dia 4 de junho, às 19h, no Museu de Artes Visuais (MAV). A noite contará com a presença da equipe realizadora, convidados especiais e a apresentação da obra inédita de Gê Viana com a obra “Para estratégias de sobrevivência, as maiores tecnologias são as nossas”. A programação propõe um encontro entre território, cultura e imaginação coletiva sobre os futuros das cidades amazônicas. A exposição traz uma experiência imersiva e decolonial, onde cada detalhe convida à escuta ativa e ao reconhecimento das tecnologias sociais ancestrais que nos ajudam a repensar as cidades diante da emergência climática.
É arte para provocar reflexões sobre os impactos da crise climática nas cidades amazônicas e o papel essencial dos saberes indígenas, quilombolas, ribeirinhos e periféricos na construção de futuros mais justos e adaptados.
Laboratório da Cidade – Criado em 2017, o Laboratório da Cidade é uma organização da sociedade civil que atua por cidades mais sustentáveis, democráticas e resilientes, valorizando os saberes locais e a participação das comunidades na construção de soluções para os desafios urbanos. Na Semana do Meio Ambiente, será um encontro marcado com o futuro das nossas cidades e a sabedoria ancestral que já aponta os caminhos possíveis.
AGENDA
Data: 4 de junho (quarta-feira)
Horário: 19h
Local: Museu de Artes Visuais (MAV) – Rua Portugal, 273, Praia Grande – Centro Histórico de São Luís.
Entrada gratuita
Instagram: http://@labcidades